sábado, 19 de fevereiro de 2011

Voltando ao assunto...


Como ter uma boa aceitação diante de algo que desconhecemos?
É, eu sei fica difícil, aceitar algo que pensamos ser inaceitável...
Pode crer, não existe absolutamente nada que seja inaceitável, faz parte da vida.
Para cada pessoa, a aceitação é muito pessoal, há pessoas que só levam aquele impacto, mas logo se levantam e correm a luta, pesquisam, se informam, procuram meios que mude aquela realidade.
Outras que passam meses e meses lamentando-se por isso está acontecendo. Há as que dizem aceitar, mas escondem seus filhos do mundo. Há também as que aceitam a situação como uma cruz a ser levada para toda uma vida. (Elas pensam tanto desta forma que acabam por ser mesmo, pois não lhes dão oportunidades de aprender, pensando ser impossível).E infelizmente há as que nunca aceitam...
Eu sou uma admiradora das mães Guerreiras, essas que lutam contra tudo de todos para provar que seus filhos são seres humanos, capazes de amar, aprender e viver em sociedade. Tudo seria mais simples se não existisse esse preconceito às pessoas com a síndrome de down, muitos de nós, crescemos achando que isso era uma doença(algo ruim), uma criança com síndrome de down, era um deficiente mental... Fala sério? Era ou não assim? A informação sobre o assunto ainda é pouquissima. Lembro-me apenas de uma novela que lidou sobre o assunto. Mas tenho esperança que na fase adulta do meu filho o assunto e a sindrome já seja vista de forma mais natural, para que novos pais de crianças com essas alteração genetica possam ficam tranquilos quanto ao futuro dos seus filhos, já que saberão que eles poderam ter uma vida "quase" ou até mesmo igual a uma pessoa sem a sindrome. A informação ajudará bastante na compreensão do fato.Porque com certeza, eu, com as informação que tenho hoje, com o olhar mais natural sobre o assunto, aceitaria numa boa essa noticia.Afinal, eu saberia que meu filho seria NORMAL.Capaz de aprender tudo que lhe ensino.
      No momento em que descobrimos que nosso filho tão esperado, amado e idealizado é portador dessa síndrome, nos sentimos a pessoa mais azarada do planeta.
Descobri sozinha, que isso acontece por falta de informação, ignorância e preconceito mesmo. Eu tinha tudo isso.
Sinto-me mal hoje em dia, por saber que alguém assim como eu um dia, acha que meu filho é um “debilóide”, “mongolóide”(sei, é uma palavra grosseira, mas era assim que a sociedade os tratava e os chamavam antigamente. Cresci escutando esses termos).
A minha aceitação foi acontecendo quando fui eu mesma presenciando com os meus próprios olhos, que o Pedro, não tinha nada de anormal, ele aprende igual todas crianças, ele é esperto, carinhoso, malcriado, engraçado e divertido... a medida que isso foi acontecendo meu preconceito foi fuzilado.Mas para isso acontecer, você precisa está de coração aberto.Deixar o amor conduzir a dança.Se ficar presa a esse sentimento inicial de decepção e luto, as coisas não vão caminhar bem. Seu filho precisa sentir que é amo e aceitado para que dessa forma possa desenvolver suas habilidades num ambiente amado e encorajador.
Nas minhas férias no Brasil, vi algumas crianças com SD, algumas me deixaram extremamente pensativa, com o seu desenvolvimento estacionado. Fiquei aflita muito tempo, pensando que meu filho pudesse ser aqueles garotos um dia.
Mas, sabe de uma... analisando a situação com calma, eu pensei...
O Pedro está sendo muito estimulado,por nós, por profissionais, pela família, por amigos. Para aquele garoto não ter tido um bom desenvolvimento há vários fatores. O pedro está tendo todo apoio possivel e isso é fundamental!!
Primeiro é o  amor e credibilidade dos pais na criança, segundo é o apoio de bons profissionais.
Terceiro é ESTIMULAR.
Quarto(e não menos importante) é ESTIMULAR E ESTIMULAR.
A estimulação é o segredo do sucesso. Tudo bem que vale  lembrar que há crianças com a síndrome de down que também apresentam outros tipos de problemas, como surdez(ou perda de audição), problemas oftalmológicos, problemas neurológicos. Várias coisas que precisam ser investigadas para que a estimulação seja voltada para o seu problema.Mas nada de panico, para tudo vai haver uma solução!
Olha, mais quando eu me refiro a estimular e estimular, não to dizendo para vocês saírem comprando todos os equipamentos de fisioterapia, fonodiologia... e tudo mais não.
 Eu sou a favor daquela estimulação feita com mais naturalidade, como sentar e ler um livro, cantar músicas, ensinar as cores, as formas... as comidas... ah tem tanta coisa. Ensinar brincando.Com amor... tranquilidade e confiança (sempre).
Coisas, das quais você ensinou(ou ensinaria) ao seu outro filho. Apenas com mais paciência, pois talvez ele tenha um tempo maior que o outro.
Muitas vezes eu escrevo, tentando exprimir minha experiência em relação a isso. Meu ponto de vista, minhas idéias, coisas que pesquiso... meu testemunho mesmo.
Espero está ajudando diversas mães que estão passando por esse momento difícil, a compreender que tudo é só questão de desconhecimento, medo do novo.
por isso vocês precisam se informar, conhecer pessoas na mesma situação, conversar com outras mães... só assim tirarão aquela falsa impressão que as crianças portadoras da sindrome de down são crianças incapazes de ter uma vida normal.
Mas... Você verá! 


Preciso ir.... Pedro me chamaaaaaaaaaa!!!

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