terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Vinte sete anos e eu


Cheguei aqui. 27 anos.
Chego aqui, cheia de perguntas sem respostas , mas também, muita coisa vivida e aprendida. Me tornei uma mulher, o que tantas vezes desejei ser, sem me dar conta do quão difícil isso seria. Quanto já chorei, quanto já sorri. E penso, que talvez a quantidade de lágrimas tenham me feito mais forte, menos impulsiva e mais sensível a diversas situações. Vejo hoje o que cada lágrima contribuiu ao meu progresso. E as vezes que sorri? essas me fizeram mais confiante, mais doce, meiga, sincera. Em cada sorriso fui sincera, fui feliz, fui amada, fui amiga, fui sempre eu, da forma mais pura possível. Lembro das pessoas que me fizeram sorrir e chorar com mesma intensidade. Cada uma teve sua função em meu amadurecimento. Tudo vivido foi necessário, por isso não devo querer apagar o passado ou as pessoas que me causaram dor ou decepção. Elas continuarão lá onde devem esta.
Por meados dos meus 23 anos, nascia minha jóia preciosa, o menino que mudaria minha vida, sim, sem dúvidas, eu não seria a mesma pessoa sem o Peu. Talvez não tivesse mais nem onde estou. Talvez eu não tivesse sofrido o que sofri, mas também não teria tido a oportunidade que tive de viver essa experiência tão desafiadora que é ter um filho Especial em nossa vida.Não costumo romantizar a chegada dele, admito que não foi fácil aceitá-lo como ele é. Eu sempre pensei que um homem mudaria minha vida, mas só um filho é capaz de te dar essa sensação de dependência tão grande por alguém, só se sabe disso quando se vive. Tenho uma dependência assustadora pelo Peu. O que naquele momento parecia inaceitável, hoje é indispensável. Parei de querer mudá-lo, de querer o meu Pedro na perfeição sempre projetada ainda no meu ventre. Foi um caminho longo até aqui, mas preciso admitir que ainda há dificuldades em diversas etapas do desenvolvimento dele que vivo, cada uma teve e tem sua particularidade. Eu não poderia deixar de ressaltar minha maturidade depois de tudo vivido ao lado de Pedro, não que eu tenha mudado tudo que eu era, quem me conhece sabe que isso não aconteceu, mas, de fato mudei muita coisa. O que fez de mim alguém melhor em alguns aspectos. As pessoas as vezes falam de força, quando falam à respeito do Pedro em minha vida, penso que foi uma força adquirida, nunca me senti forte a tal ponto de viver tudo que vivi. É aquela coisa, eu costumo pensar que nós realmente não sabemos a força que temos até que nossa única alternativa é ser forte. E foi assim. Não tive outra opção,não viraria as costas ao meu filho numa situação dessas, nem mesmo a um parente ou amigo.
E muita coisa foi superada, apartir disso, tive que me tornar mãe, mulher e tantas outras coisas com uma maturidade de 18 anos. Superei os medos, a sensacão de derrota que havia no peito, o fato de não poder ter minha Mãe naquele momento.foram duras batalhas travadas comigo mesma. Em 2 anos, senti como se tivesse vivido 5 anos. E são mesmo as dificuldades que nos tornam fortes. E foi assim, falar de minha vida até hoje sem falar disso tudo não dar. Hoje só peço a Deus que me conceda muita saúde para cuidar do meu filho, que me dê equilíbrio e paciência para ajudá-lo em suas dificuldades, que abençoe meu casamento e minha família para que continuemos em paz e felizes. E o resto podemos correr atrás. Só tenho a agradecer à Deus por ter me proporcionado tanta experiência a ser vivida, a chegada do Pedro trazendo tantas lições, tanta alegria e inundando minha vida de Amor!
Estou feliz por chegar até aqui, olhar ao redor e vê tanta coisa bonita, sentimentos bons, uma família linda, pessoas solidárias, amigos de verdades (até mesmo virtuais) .
Vinte e sete anos, ainda há muito à ser conquistado, a vida esta apenas começando, pois cada ano é uma oportunidade de fazermos melhor, de crescermos e amadurecermos. Parabéns para mim!
Que Deus possa me dar muitos anos a serem comemorados ao lado das pessoas que amo.

Nenhum comentário: