Quando tudo é quase nada

"Acabou a fase Casas Bahia: dedicação total a você! Passou a sua hora. Acabou seu tempo. To te mandando embora. Não quero mais nada de ti. O que você pode me dar é muito pouco. E eu quero mais.To com a cabeça cheia de más idéias. Tenho planos perfeitos para destruir a sua vida sem graça e encher de pimenta malagueta essa sua vida nada temperada. Pensei em te ligar e esbravejar tudo que ficou entalado na minha garganta: toda ira, toda raiva, toda ponderação. Mas seria te dar importância demais e não é isso que eu quero.Você me fez perceber que eu fui a idiota mais idiota da face da Terra por acreditar no seu amor por mim. Por me fazer achar a coisa mais linda do mundo esse romance secreto que nunca existiu. Por me fazer acreditar que o seu peito era o porto seguro que eu precisava quando meu lado frágil me dava uma rasteira e me deixava no chão.Eu queria que nada disso fosse mentira. Que nada do que eu senti um dia caísse no abismo das dúvidas. Queria só que a porta do meu coração se mantivesse encostada por saber que você foi embora, mas não que tudo perdesse o sentido. Não queria isso que eu sinto agora. Essa angústia de não entender nada e a sensação de estar a um passo da solidão.Tem um pranto doído que escorre pelos olhos toda vez que eu estou sozinha. Tem uma vontade de gritar presa na garganta. Tem um buraco dentro do meu coração que eu acho que nunca mais vai fechar. E toda vez que eu comemoro por não pensar em ti, é uma vez a mais que eu penso. E recomeça toda ira, toda dor, toda mágoa de novo.Já me prometi tantas vezes tentar te esquecer que acabo sempre contigo na cabeça. Mas dessa vez vai ser diferente de todas as outras. Eu não vou amolecer e te deixar falar. Eu não vou permitir que você me olhe. Eu não quero me enxergar dentro dos seus olhos mais uma vez. Eu não quero mais nada. A única coisa que eu queria era que você tivesse certeza que eu não to brincando, porque agora eu também to me levando a sério.A ficha demorou, mas caiu."(Michelle Corazza) - Essa mulher escreve com o coração. Só pode.