quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Tirando sempre o melhor de tudo!

       Já fui questionada diversas vezes, como é ter um filho com Síndrome de Down. No momento, minha resposta não foi o que realmente quis dizer, vai ver que nem eu mesma tinha chegado à tal conclusão.
Bom, se  você me perguntar hoje como é isso para  mim, com certeza eu tenho uma visão muito diferente de à 2 anos atrás, onde doeu muito descobrir que meu filho era portador desse erro genético, foi quase inaceitável. Por ter um "pré" conceito totalmente equivocado sobre o assunto.
Tudo bem, eu não vou falar isso que todos falam, "Deus só dá crianças especiais a mães especiais.". Porque pensando bem eu nem me considero merecedora para tanto. Mais eu te diria o seguinte: "Não foi fácil chegar a essa conclusão, mas, Deus colocou meu filho em minha vida como uma chance, uma chance para mudar, uma chance de ver o outro lado das pessoas, o outro lado que consideramos diferente, o que na verdade é, mais diferente não quer dizer "ruim" ou "menos - normal". Ver o outro lado, o lado que eu considerava tão triste e sem vida, lado esse, que nos torna mais humana, mais compreensiva às diferenças, que nos faz aprender a respeitar o tempo de cada um. Sabe, dar valor a cada progresso, valorizar pequenos detalhes... Torcer tanto, ficar tão feliz com uma coisa "pequena", tanto que o coração apertar de tanta felicidade, até mesmo vir lágrimas nos olhos... Eu só posso agradecer por tudo isso , porque sem ele em minha vida, eu deixaria de sentir esses sentimentos inarráveis.
Com ele, eu vivi coisas e momentos valiosíssimos. Momentos que me fizeram amadurecer, me tornaram forte.
Então com tudo isso, eu tive a chance de ser uma pessoa melhor, sim, eu poderia ter recusado, ou ter virado as costas para tudo isso e simplesmente ficar a vida toda me lamentando pelo não "acontecido". Me lamentando por as coisas terem saído diferente. Eu tive essas duas opções, aceitar de forma positiva tudo que estava acontecendo ou fazer da minha vida e a do meu filho um mar de tristeza. E como vocês podem vê, eu escolhi segurar essa chance com todas as forças e aproveitar cada detalhe que essa nova experiência tinha a me oferecer, era o melhor a ser feito. E te falo, eu ganhei bastante com essa decisão."

Eu não sou uma pessoa perfeita, muito pelo contrário só cheia de erros, sou tão impaciente, que você nem imagina, sempre achei que seria uma má mãe por conta disso. E sempre disse que não teria filhos porque eles dariam muito trabalho. Todos os dias eu peço à Deus mais paciência. peço que me ajude nessa caminhada. Que olha, não é moleza.
Agora engraçado, não tenho paciência para choro e manha, mais passo horas ensinando alguma coisa para ele, mesmo sem que ele compreenda, ou demore horas para ter algum progresso...é cansativo, mais eu tenho paciência... Vai entender! Certas horas eu desejo um manual de instruções "Como ser uma mãe de verdade", porque há  momentos que fico sem saber como agir, não sei lidar com monte de coisa que acontece com ele. Enfim, tenho muito a aprender e quero sempre melhorar para me tornar uma mãe na qual ele se orgulhe ao crescer! Tenho me esforçando muito, tentando controlar minha impaciêcia e nervosismo. Procurando fazer o melhor por ele...
Porque eu também ganhei a chance de fazer desse menino, um menino feliz, um exemplo, de que mesmo "um mundo" desacreditando que eles são capazes, uma pessoa que acredita,mesmo uma única pessoa, pode fazer toda a diferença na vida desse menino, o meu menino. Por isso, pode até ser difícil, mas eu não vou abrir mão dessa chance!

Carolina Schönauer

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Meu coração pulsa palavras!

Às vezes eu tenho vontade de escrever um monte de coisa só para atingir alguém, que na verdade eu sei que nunca vai lê o que eu escrevo, porque não se importa com o que penso ou que deixo de pensar.
Mas eu escrevo, porque eu gosto de escrever, escrevo, porque escrever torna mais leve as minhas dores, esvazia minha mente, escrevo, para mostrar  à algumas pessoas que elas não estão sozinhas nessa caminhada que Deus me colocou, escrevo sem saber como ou de onde vem tanto sentimento. Pego as emoções, junto às palavras e formo frases, poemas, declarações, depoimentos. Eu escrevo o que eu vivo, o que sinto, escrevo meus medos, meus sonhos, minhas dores... Minhas alegrias!

Escrever é para mim um refúgio. Conseguir expressar em palavras o que se sente, não é tão simples como se parece. Dar detalhes à um determinado sentimento é para alguém sénsivel demais.
E sim, precisa ter coragem de não se parecer fraca.
É pôr nos dedos toda dor ou felicidade que sai do peito.
Escrever é uma paixão, mas, uma paixão que não passa, que não diminui.Não, paixão não, paixão é um sentimento tão efêmero.
O que eu sinto por escrever, é amor, amor de verdade.
Que cresce a cada palavra posta para fora, a cada frase contida ou escrita.Escrever para mim é definitivamente como por um fim em uma dor ou eternizar um momento.
Escrever o que se sente é muito mais que pôr palavras para fora, é confidenciar coisas só tuas, sentimentos só teus. é compartilhar uma experiência, assim, ajudando outras pessoas, que muitas vezes, necessitam de alguns pares de palavras para se sentirem melhores e vê que elas estão sozinhas.

Enfim, escrevo porque escrever, mata ou torna vivo todo e qualquer sentimento que pulsa aqui dentro.


Carolina Schönauer